Acordei num daqueles dias que coloco o alarme para despertar só para ter o gostinho de desligá-lo e voltar a dormir. É engraçado como que no segundo que segue após o abrir dos olhos, você não se lembra quem é, onde está e muito menos do que fez no dia anterior. Para tudo. O dia anterior. Meu Deus. O primeiro segundo passa e como uma profecia se concretizando, sua cabeça começa a doer, seu coração começa a saltar, sua memória volta naqueles flashes inconvenientes e desconexos que podem matar de tensão. Melhor levantar. Como? Minha cabeça parece uma âncora no travesseiro. Ensaio uma, duas, não mais que três e dou um pulo. Tudo rodopiando. É até divertido. Pelo menos estou em casa, penso. Vou cambaleando até o banheiro torcendo para ninguém ter o desprazer de ver a encarnação do diabo depois de uma festa no céu. Mas é óbvio que Murphy tá aí pra isso. Oi, mãe. Invento uma desculpa para ir direto pro banheiro e não ter que ir dar aquele beijinho de bom dia exalando álcool. Volto pra cama e prometo nunca mais beber. O telefone toca. E aí, qual é a boa? Beleza então, nos vemos mais tarde. E lá vou eu de novo.
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quinta-feira, 1 de março de 2012
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