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segunda-feira, 12 de março de 2012

A insustentável leveza do caos







Viver em constante caos cansa. Caos da mente. Caos do corpo. Caos da cidade. Puro caos. 
O caos causa dormência, desordem, confusão, irritação, impaciência. Causa dor, irreverência, imprudência.
Mas o pior caos é aquele proveniente dos pensamentos. Desorganizados, eles se perdem nos impulsos nervosos e nas sinapses, provocando atos involuntários, irrefletidos nas ligações improváveis que minha mente insiste em fazer. Nessas idas e vindas caóticas, eu me ausento de mim e me projeto na culpa. Engano meu, isso, de tentar ir contra uma teoria tão consistente porém impraticável. E é em detrimento do meu próprio ser que eu gosto de praticar o impraticável, enganar a ilusão. Me faço impune dentro do impossível. Eu anseio pelo inatingível. Naqueles vazios que causam uma sensação de arrepiar os ossos, eu me ouço, me compreendo, mas fico arredia de mim mesma. Mas assim, invento novas formas de me reinventar e novos estilos de reaprender a viver intensamente nessa insustentável leveza do caos.

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