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sexta-feira, 4 de maio de 2012

Com prazo à vista










Não, não foi amor à primeira vista.
Nem à segunda.
Nem à terceira.
Talvez a prazo.
Prazo para o prazer e prazer a prazo.
Você entrou na minha vida e eu nem notei.
Calma! Não se sinta ofendido.
Eu não notei de primeira.
Nem de segunda.
Nem de terceira.
Demorou um tempo para eu admitir que você não só já tinha entrado
como já fazia parte do meu bom dia, da minha boa tarde, da nossa boa noite - e quão boa!
Acho que foram nos detalhes que você me amarrou.
Aqueles tão pequenos que eu mesma nem sabia que existiam.
Aquelas conversas intermináveis e o contrariar da vontade ao me despedir mesmo depois de ter passado o dia todo fazendo nada e tudo com você.
Como você consegue me conquistar assim todo dia?
Será a sua voz que arranca uma calma sem precedentes de dentro de mim?
Será seu olhar que me faz querer abandonar tudo e colar em você?
Será seu abraço que envolve meu mundo e amansa minha loucura?
Não foi a primeira, nem foi a segunda, nem a terceira.
Não me lembro mais quantas vezes foram que, com os olhos marejados, implorei para você ficar.
Agora, com prazo à vista,
seria diferente se eu te pedisse para não ir?

Um comentário:

Rubem Dornas disse...

Achei sensacional! Vale também para Alarme falso.
Que bom ler e ser surpreendido pelo inesperado. É isso; o inesperado.
Parabéns.
Rubem
www.terapiadecutuvelo.blogspot.com