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segunda-feira, 28 de maio de 2012

O início de tudo. Do nada.





Sua voz me contraria, sabia? 

Não me entenda mal! 
Não é que eu não goste dela. 
Pelo contrário! 
É que eu sei que enquanto te ouço, não estou tocando seus lábios nos meus, sentindo sua língua brincar com a minha, o gosto da sua vontade, sabe? 
É grave e me corrói cada momento que eu não posso arrancar um olhar do seu pensamento. Somos clandestinos. 
Foragidos. 
Somos o que não deveríamos ser. 
É como brincar de ser invisível. 
Estamos no olho do furacão e não temos uma ideia sequer de como faremos para sair daqui. Minto. 
Ideias temos aos montes. 
Rimos delas! 
Elas são meras ideias, palavras que não saem do plano, do papel, de mim, de você. Utopia. 
Penso mesmo que existam dois mundos. 
Você invadiu um espaço que não era seu e eu gostei. 
Eu deixei. 
E te prendi lá. 
Você é minha prisão e meu prisioneiro. 
Você é minha ilusão e minha besteira. 
Minha confusão e meu inteiro. 
Não! Só meio.

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